CUIDADOS PALIATIVOS

Um cachorro sentado na areia da praia observando o por do sol

Princípios essenciais dos Cuidados Paliativos:

• Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis.
• Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida.
• Não acelerar nem adiar a morte.
• Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado do paciente.
• Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento da morte.
• Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e a enfrentar o luto.
• Garantir abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto.
• Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença.
• Iniciar o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas terapêuticas.

dúvidas frequentes

Segundo a Organização Mundial de Saúde, Cuidados Paliativos é a assistência integral oferecida para pacientes e familiares quando diante de uma doença grave que ameace a continuidade da vida. O objetivo dos Cuidados Paliativos é oferecer o tratamento eficaz para os sintomas de desconforto que podem acompanhar o paciente, sejam eles causados pela doença ou pelo tratamento. (OMS, 2017)

Sendo assim, os Cuidados Paliativos são cuidados de saúde ativos e integrais prestados ao indivíduo, animal ou humano, com diagnóstico de doença grave, progressiva e que ameaça a continuidade de sua vida desde o seu diagnóstico até o momento de sua morte, se completando com o suporte ao luto oferecido a família.

Promover a qualidade de vida do paciente e de seus tutores através da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas e minimizadas, tratamento eficaz do controle da dor e de outros sintomas físicos.

Todos que possuem um diagnóstico de doença grave e que ameaça a continuidade de sua vida, como: câncer, doença renal, doenças neurológicas, FIV, FELV, PIF, doenças ósseas e articulares, doenças cardíacas, doenças endócrinas, doenças autoimunes, envelhecimento, cinomose, entre outros

Preferencialmente no momento do diagnóstico, isso permitirá um acompanhamento mais eficaz dos sinais e sintomas relacionados a própria doença como também aos tratamentos empregados para o seu controle, aumentando assim a qualidade de vida, bem-estar e conforto do paciente.

Sim. Os tratamentos curativos e paliativos são complementares entre si, já que com um melhor controle de sintomas o paciente conseguirá passar por todo tratamento curativo de maneira mais efetiva, mesmo que este tratamento seja mais agressivo. A transição do cuidado com objetivo de cura para o cuidado com intenção paliativa é um processo contínuo, e sua dinâmica difere para cada paciente.

À medida que a doença começar a apresentar progressão, percebe-se uma maior necessidade dos cuidados paliativos; sendo possível que, em algum momento da evolução da doença de base, a prioridade de cuidados vise o conforto e qualidade de vida exclusivamente.

Sim. O lar é sempre o local mais confortável e seguro para realizar o atendimento e acompanhamento, porém isso não é uma regra. Em alguns momentos do quadro evolutivo da doença, a internação pode ser sugerida, para trazer um melhor controle clínico e segurança ao paciente.

Quando o atendimento é realizado no lar, é possível observar desde a interação do animal com o ambiente e com o tutor, até o local onde ele passa a maior parte do tempo, o piso, circulação de ar, entre outros. Esses dados são fundamentais para a realização do planejamento terapêutico.

Além disso, no atendimento domiciliar é possível capacitar a família na prestação de cuidados, trazendo maior segurança aos tutores e melhor enfrentamento da nova realidade vivenciada pelo seu bichinho.

 

Importante! É preciso desmistificar a ideia de que os cuidados paliativos só devem ser empregados quando não há mais possibilidade de tratamento e o paciente estiver em condição de terminalidade. Seu principal conceito é justamente promover a qualidade de vida dos animais e de seus tutores por meio de prevenção e alívio do sofrimento.

A boa morte, em casa!

Quando chega uma fase da vida dos nossos bichinhos, onde todos os recursos para manter o conforto e a qualidade de vida, se esgotaram, ficamos desesperados. Temos medo de precisar decidir sobre a continuidade de vida, vem em nossa mente aquela frase “como vou sacrificar o meu animal?”. 

Esse termo “sacrifício” foi muito difundido antigamente, mas não representa em nada a “boa morte”, significado da palavra “eutanásia”.

Decidir pela eutanásia, em casos incuráveis e de grande sofrimento, é um ato de maior amor e respeito pelos nossos bichinhos, ainda mais quando esse procedimento é realizado em casa, rodeado de muito amor, memórias, carinho e conforto. Realizar o procedimento em casa, possibilita ao tutor se despedir adequadamente e para o bichinho a sensação de segurança, o colo do tutor e o amor, faz com que sua passagem seja plena e totalmente indolor, é o último suspiro, onde a morte se transforma em cura.

Esse serviço é destinado aos tutores que não gostariam que seu bichinho partisse em um local impessoal como uma clínica ou hospital. Que gostariam de possibilitar ao bichinho uma despedida em paz e amorosa.

Estimulamos aos tutores, o acompanhamento terapêutico e discussões sobre o processo de luto.